sábado, 10 de julho de 2010

Eu olho para trás e vejo um passado cada vez mais belo. Como dizia o poeta: "tenho saudades do que não vi,sinto a falta de dias que não vivi".Tenho desgosto de minha geração e o futuro já não guarda mais a esperança que os antigos tiveram em nós.Nosso futuro é fonte de terror e medo ao passo de que nosso passado nos deixou como legado a saudade e a dor de quem já viu dias melhores.Um dia ouvi uma frase em um filme que dizia: “todos temos nossas máquinas do tempo, as que nos levam ao passado são as lembranças e as que nos levam ao futuro são os sonhos.” E agora a sensação que tenho é a de que as lembranças são mais utópicas que os sonhos.
O presente é a prova definitiva de que os sonhadores que vieram antes de nós falharam. O que será então do futuro de uma geração sem sonhos.Não há mais poesia, a arte está deformada e o gênio criativo sufocado.Toda manifestação artística e qualquer demonstração de humanidade é severamente suprimida pela própria
juventude que um dia concebeu a arte.
Tenho nojo deste mundo.
Sou um estranho onde quer que esteja não pertenço a esta época. Ou pelo menos não queria pertencer. Minha arte não tem valor para quem é incapaz de interpretá-la, meus pensamentos estão entregues as paredes e minha alma a solidão. Em toda a minha vida eu fui punido por ser um pensador,fui perseguido e torturado por ser diferente.O preço de ter uma alma me concedeu talentos inúteis para o capitalismo e para socialização.E assim, meu direito natural a um lugar no mundo me foi tirado.E no fim agradeci por estar sozinho.Sozinho estou seguro, sozinho posso ser eu.Contudo não suporto olhar lá fora,tenho nojo de andar nas ruas,tudo me aborrece e a humanidade me causa asco(e eles nem sabem o que significa asco).A maioria das companhias humanas ou me irrita ou me fere, a maioria das atividades a que sou submetido ou me aborrece, ou me entristece ou me consome.Tudo é cansativo, estou cada vez mais desapegado da vida.Por hora é tudo o que sei,tudo o que consigo dizer ou sentir...

...adeus por agora.

Alysson David Reis

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