quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Contos para os que se foram

Contos, poemas, palavras a dizer...

Fotografias ardendo no fogo, cartas devoradas

Pelo deus chamado tempo.

Ao vencedor uma pilha de carcaças e ao poeta uma taça

Da mais antiga safra dos campos do ceifeiro.

Na taverna rostos desaparecem na fumaça, corpos dançam no palco

e almas se vendem nas esquinas; enquanto os jovens morrem no baile dos anciões.

Ossos são quebrados na estrada, mas no fim são os corações que terminam partidos.

Este sonho nasceu tardio e morreu prematuro, envenenado pela mente que o concebeu.

Ainda estamos morrendo, apesara dos sorrisos ensandecidos.

A pele é quente mas o coração ainda é frio.

Frio como esta noite, vazio como esta casa e perdido como os teus olhos.

Alysson David Reis

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