Toda esperança é um desperdício
Todo amor é um náufrago, se afogando em um mar de promessas
Eu já gastei todos os meus sonhos nas fronteiras que dividem
a imaginação
Os anéis abandonam os dedos, o orgulho rejeita o ego
E agora esta morto o homem que desejei me tornar
Eu escrevi a tragédia e me tornei a peça
Eu encenei a alegria e vivi a dor
Eu morri mais de uma vez em nome de ninguém e por razão
nenhuma
Inominável é meu nome, indigente sob a terra que ajudei a
semear
Sob as asas incandescentes do sol, descansarei
Louvado seja o chicote dos justos que me condenam ao
trabalho em vão
Louvada seja a ira que me fortalece, até o dia que tomarei a
força a vingança que me negam
Ai de ti, que bajula teu carrasco. Pois tua garganta
pertence as minhas mãos cansadas.
Alysson David Reis
Nenhum comentário:
Postar um comentário