terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Minhas mãos buscam o punhal

Toda esperança é um desperdício
Todo amor é um náufrago, se afogando em um mar de promessas
Eu já gastei todos os meus sonhos nas fronteiras que dividem a imaginação
Os anéis abandonam os dedos, o orgulho rejeita o ego
E agora esta morto o homem que desejei me tornar
Eu escrevi a tragédia e me tornei a peça
Eu encenei a alegria e vivi a dor
Eu morri mais de uma vez em nome de ninguém e por razão nenhuma
Inominável é meu nome, indigente sob a terra que ajudei a semear
Sob as asas incandescentes do sol, descansarei
Louvado seja o chicote dos justos que me condenam ao trabalho em vão
Louvada seja a ira que me fortalece, até o dia que tomarei a força a vingança que me negam
Ai de ti, que bajula teu carrasco. Pois tua garganta pertence as minhas mãos cansadas.


Alysson David Reis 

Nenhum comentário:

Postar um comentário